“Antigamente, a gente aprendia o hino nacional, a
importância da bandeira, dos brasões. Tínhamos orientações sobre como tratar o
colega, o professor, os familiares; sobre os direitos e deveres do estudante; sobre
ser um cidadão de bem. Hoje não vemos mais nada disso”. Este é o tipo de frase
que se ouve muito nos dias atuais. Um saudosismo pátrio salutar, nada haver com
a ideologia do regime autoritarista institucionalizada, pelo Decreto
Lei 869/68, nas disciplinas de EMC (Educação Moral e
Cívica) e OSPB (Organização Social e Política do Brasil).
O projeto consiste em palestras, que serão
ministradas por um Defensor Público aos estudantes do 4º e 5º ano da Rede
Municipal de Ensino sobre noções básicas de direitos, deveres, ética e
cidadania tendo por objetivo a formação do aluno/cidadão.
As palestras serão repassadas aos alunos das séries
anteriores, 3º, 2º e 1º ano, pelos respectivos professores, que adequarão os
temas proposto ao nível pedagógico de cada turma.
Já durante a reunião foram sugeridas as escolas
Professor Almir Zandonadi, localizada no bairro Novo Horizonte, e a Professor
Celso Rocco, no bairro Brasil Novo, para dar início ao projeto. A defensora pública
agendou para amanhã mesmo a visita às duas escolas para acertar com os
diretores os detalhes para a execução do projeto.
Tudo no
papel
O projeto “Defensoria Pública na Escola: Cidadania e
Conscientização” resultará na produção de material que será avaliado e premiado
nas seguintes categorias: 1 e 2º ano – Desenho; 3º ao 5º ano – Redação; 6º ao
9º ano – Redação; e 5ª à 8ª série EJA – Redação. Nas escolas onde o projeto for
executado deverão ser formadas comissões para avaliar os trabalhos e escolher o
melhor de cada categoria. Numa outra etapa, a Semed instituirá comissão para
selecionar o melhor entre os melhores trabalhos de todas as escolas
participantes, também por categoria.
Serão premiados os melhores trabalhos. As melhores
redações serão divulgadas nos sites da
Defensoria Pública e da Secretaria de Educação.
Sem
depredação
“Às
vezes o aluno não dá muito valor à escola, por isso que temos que trabalhar
estas questões que é, por um lado, ele estudar numa escola bonita, organizada,
limpa, mais moderna, mas por outro vandalizar o espaço, depredar a própria
escola”, comentou a defensora Livia Iglesias ao destacar a importância
da proximidade da Defensoria Pública com a escola.
“Achamos
ótimo essa parceria, este projeto. Nossa realidade hoje está sendo esta mesmo.
Temos a administração pública se esforçando para melhorar, ampliar, modernizar
os espaços educacionais, mas os próprios alunos, por falta de consciência,
quebram, depredam a escola onde eles mesmos passam boa parte do tempo. Já
trabalhamos em nossos currículos os temas de cidadania, respeito, ética, mas entendemos
que toda ajuda é bem-vinda para enfrentarmos esta situação. Agora mesmo,
acabamos de entregar algumas escolas para a comunidade e no dia da cerimônia de
entrega das obras já haviam paredes riscadas, carteiras quebradas. Até mesmo o
prefeito (Jesualdo Pires) falando aos alunos em uma unidade de ensino
recém-reformada fez uma espécie de pacto pela conservação do escola pedindo a
eles que cuidem mais do espaço que é feito para eles”, completou a secretária Leiva
Custódio.