sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Centro de Autismo recebe técnicas da Secretaria de Saúde de Manaus


“O trabalho desenvolvido com crianças autistas aqui é simplesmente maravilhoso!”. Foram com essas palavras que a enfermeira e servidora da Prefeitura de Manaus/AM, Erika Augusta do Amaral Coelho resumiu uma semana de intercâmbio técnico junto ao Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado para Autismo – CMAEE Autismo de Ji-Paraná, na manhã desta quinta-feira, 28 de novembro, em uma reunião com os país e profissionais da unidade. Estiveram presentes ao Centro de Autismo, o prefeito Marcito Pinto e a secretária municipal de Educação, Edilaine Alves da Silva Nogueira.
Além da enfermeira, a fonoaudióloga Ana Cristina Furtado e a socióloga Mira Suelen Machado Batista vieram a Ji-Paraná com o intuito de observar e trocar experiências. Indagadas pelo próprio prefeito sobre como chegaram informações do Centro de Autismo de Ji-Paraná lá no Estado do Amazonas, elas explicaram que ficaram sabendo do trabalho realizado aqui por intermédio da médica Camila Milagres, de Belo Horizonte/MG, do psiquiatra Vinicius Barbosa, de Campinas/SP e da terapeuta Patrícia Piacentini, de Recife/PE que acompanharam a implantação do Centro há alguns anos e que, segundo Erika, “falaram maravilhas” do Centro de Autismo de Ji-Paraná.
A surpresa das profissionais da saúde de Manaus ao presenciar o funcionamento do Centro de Autismo se deve ao fato de que lá, na Capital Manauara, apesar da população de aproximadamente dois milhões de habitantes, mais de dez vezes a população ji-paranaense, existe apenas um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSI) e o atendimento às crianças autistas acontece no mesmo espaço, porém em dias alternados, em que são atendidos crianças e jovens com problemas como álcool e drogas, esquizofrenia e outros tipos de transtornos mentais.
“Em Manaus, trabalhamos com nossas crianças autistas com o mesmo modelo que vocês, o DIR Floortime, mas em proporções bem reduzidas”, explicou Erika.
Os elogios das profissionais manauaras não se limitaram ao espaço físico, mas também à capacidade técnica dos profissionais que trabalham no Centro de Autismo e até mesmo à relação dos profissionais com os pais das crianças e a presença deles na unidade.
“Parabéns mesmo. Estamos levando ótimas impressões daqui. A equipe é maravilhosa. Vocês têm profissionais ‘top’. Em cada sala que estivemos vimos a dedicação dos professores e a incrível participação dos pais, que é fundamental. O primeiro dia que entrei em uma das salas eu não sabia, eu fiquei confusa…quem era professora e quem era mãe de aluno…gente isso é fantástico”, relatou Ana Cristina.
“É um sonho ter um lugar assim para nossas crianças”, resumiu a socióloga Mira, que tem um filho de 9 anos diagnosticado dentro do espectro do autismo.
“Ficamos muito felizes em saber que o trabalho que está sendo realizado aqui no Centro de Autismo por nossos profissionais está cruzando os limites do nosso Estado e, de certa forma, servindo como referência para outras cidades, capitais. Penso que são os frutos de um trabalho sério e feito com responsabilidade e respeito à nossa população”, destacou Marcito Pinto.
Já para Dalva Rosa da Silva Paiva Maria, diretora do Centro de Autismo, “a presença de profissionais de outros estados aqui no Centro é de uma felicidade muito grande, mas também uma responsabilidade muito grande. Uma pessoa que veio de Cuba disse que ouviu falar no Centro de Autismo de Ji-Paraná lá. Um trabalho como o nosso, totalmente gratuito, com a Prefeitura financiando tudo desde a alimentação até o pagamento dos funcionários é um trabalho muito grande e uma responsabilidade enorme”.



Texto: Cristian Menezes
Fotos: Cristian Menezes