quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Educação do Campo: comissão analisa propostas ao PME





Logo na semana subsequente à realização do 1º Seminário Municipal da Educação do Campo, uma comissão sentou para analisar as propostas pedagógicas à educação do campo reunidas em um documento que resultou do encontro. A intenção foi de pontuar as prioridades que devem ser inseridas no Plano Municipal de Ensino (PME) de Ji-Paraná.
De acordo com a própria titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Leiva Custódio Pereira, “o seminário foi uma grata surpresa”, devido ao número de participantes, que vieram até de outros municípios, dada a importância e o pioneirismo em debater uma didática própria à realidade rural.
Também para a coordenadora da Educação do Campo da Semed, Jordeci Rodrigues, “o momento é único e é preciso ocupar este espaço há muito deixado em segundo plano pelos órgãos competentes”.
A comissão foi eleita ainda no Seminário. Ela é composta por profissionais da educação e pais de alunos.
A reunião, ocorrida na última terça-feira, 12, no Auditório da Secretaria, analisou as inúmeras propostas elencadas no Seminário, eliminando as já comtempladas no projeto do PME e dando nova redação às que precisam fazer parte do Plano.
Jordeci afirmou que uma nova reunião com a comissão foi agendada para o próximo dia 20, agora para inserir as propostas elegidas no projeto do PME.
“Este é um processo lento mesmo. Não adianta fazer mudanças no currículo se não tivermos o material didático ou mesmo a estrutura e a logística para implantá-las. Mas o que importa é que demos o primeiro, e grande, passo rumo a uma pedagogia própria à educação do campo, priorizando a permanência do aluno próximo à família e, consequentemente, à redução da evasão escolar”, concluiu a coordenadora.

Calendário diferenciado
Adiantando-se às mudanças que devem ser implementadas na educação do campo, Leiva Custódio facultou às escolas rurais a elaboração de seus próprios calendários, respeitando as necessidades de cada escola, desde que, evidentemente, não se deixe de observar o que reza a legislação com relação ao número de dias letivos e à carga horária.
“Já para o próximo ano, as escolas vão poder elaborar seus próprios calendários de acordo com as suas realidades. Se a direção da escola, em comum acordo com pais e alunos, achar por bem começar as aulas em março, por exemplo, por causa das condições das estradas ou algum outro tipo de dificuldade nós vamos fazer”, disse a secretária de Educação em entrevista a Rádio Alvorada, na manhã desta quinta-feira, 14, ao jornalista e radialista Fábio de Souza.