quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Escola Jamil: preocupação agora é com o nível das águas

Diretora da Jamil mostra como o nível das águas subiu pela manhã

A direção da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Jamil Vilas Boas, localizada no bairro Duque de Caxias, agiu acertadamente ao suspender das aulas esta semana por causa da enchente do Rio Machado. Hoje, quarta-feira (26), as águas invadiram o pátio da escola chegando à porta do refeitório. A preocupação agora, segunda a diretora da escola, professora Vanessa Leite, é com o mobiliário, alguns recém-adquiridos pelo município.
A decisão entre a direção da Escola e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) de suspender as aulas da Jamil Vilas Boas por tempo indeterminado foi para salvaguardar alunos e servidores dos riscos advindos com a enchente, como a contaminação da água e proliferação de insetos e animais que fogem da cheia do rio.
Logo cedo, o pai de um aluno capturou uma cobra jiboia no pátio da escola, próximo ao refeitório. O local foi tomado pelas águas, encobrindo, inclusive, a fossa séptica.
Com ajuda de moradores, professores, equipe gestora e equipe de apoio passaram a manhã toda removendo o mobiliário das salas em risco de serem atingidas pelas águas do Machado.
De acordo com Vanessa, desde que ela está na escola nunca as águas atingiram este nível.
“Desde que vim para a Jamil nunca tinha visto as águas chegarem aqui no pátio da escola. Servidores mais antigos dizem que só na década de 1990 que as águas subiram tanto. Sabemos que não é bom a escola ficar sem aula, mas precisamos preservar a integridade física dos nossos alunos e servidores. Não tinha condições de manter o funcionamento. A preocupação agora é com o nível do Rio Machado. Pedimos apoio da Secretaria e estamos tomando providências para minimizar os prejuízos caso as águas continuem a subir”, explicou a diretora apreensiva.
Livros, material didático e material eletroeletrônico foram empilhados a uma altura segura. Os frízeres e geladeiras com alimentos foram colocados em cima das mesas do refeitório com a ajuda dos moradores para não serem atingidos.
“Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, agora, é esperar e torcer para que as águas não subam tanto e possamos retomar as aulas o quanto antes”, concluiu a diretora da Escola Jamil Vilas Boas.

Primavera
Em contato com a direção do Centro Municipal de Educação Infantil Primavera, localizada no bairro Primavera, a informação é de que a escola não corre risco com a enchente, pelo menos por enquanto.
A diretora Rosélia Soarez Araújo informou que lá as aulas seguem normalmente, apesar de as águas do Rio Machado terem encoberto algumas ruas nas proximidades da escola.  

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Autora da Coleção Tixa Tixa capacita educadores em Ji-Paraná






Dar suporte aos professores no processo de ensino e aprendizagem musical; e inserir a música de forma lúdica na rotina escolar. Foi com estes objetivos e em consonância com a Lei nº 11.769/08, que estabelece a obrigatoriedade da disciplina de música no Ensino Fundamental, que a Secretaria Municipal de Educação de Ji-Paraná (Semed) adquiriu a coleção Tixa Tixa: Uma Lagartixa no Mundo Musical, da Dutty Editora. O diferencial da coleção é a capacitação, ministrada por uma das autoras, diretamente aos profissionais da Educação que irão trabalhar com o material nas escolas.
E é justamente para esta capacitação que a professora Haydée Seeling Gorosito, da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP/Universidade Estadual do Paraná), veio a Ji-Paraná. Durante toda esta segunda (24) e terça-feira (25), no Auditório da Semed, a professora fala a professores, supervisores e técnicos ligados ao Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino sobre a importância da música no desenvolvimento do educando.
“Não adianta chegar e simplesmente jogar os livros nas mãos dos professores. O nosso diferencial é justamente esse: a gente vem de Curitiba (PR) para capacitar o professor a trabalhar com a coleção. Não é somente uma coleção, a Tixa Tixa é um projeto especialmente desenvolvido para servir como suporte para que o professor que não entende de música possa trabalhar música em sala de aula. A Lei foi criada, mas foi só. Tem gestor que chega à escola e diz: faça música! Não é tão simples assim. Não se faz música do nada. É preciso uma linha de trabalho. Música é uma linguagem e o professor precisa de uma base para trabalhar essa linguagem. Isso é o que a coleção Tixa Tixa oferece”, explicou Haydée na manhã desta segunda-feira.

De Norte a Sul
A Tixa Tixa é uma coleção composta de cinco volumes, sendo um livro do aluno para cada ano do Ensino Fundamental e um livro do professor acompanhado de CD.
O Projeto Tixa Tixa busca orientar o professor sobre os processos de aprendizagem musical, com atividades que utilizam materiais simples e funcionais para o trabalho em sala de aula.
A coleção foi lançada em 2011. A cidade de Vilhena adquiriu a coleção em 2012, quando a professora Haydée veio a Rondônia pela primeira vez. Vilhena continua a utilizar a coleção e, de lá para cá, mais seis municípios aderiram ao projeto.
Segundo Thiago Vicenzi, representante da editora da Coleção Tixa Tixa para a Região Norte, mais 10 municípios rondonienses estão em fase de implantação do projeto em suas escolas, entre eles, Presidente Médici, Pimenta Bueno, Ariquemes e até mesmo a prefeitura da Capital, Porto Velho.
Ainda de acordo com Vicenzi, a coleção já se tornou ferramenta indispensável em escolas de cidades do Paraná e Santa Catarina.
“Provavelmente esta é a primeira vez que a autora de uma coleção infantil vem a nossa cidade para apresentar a coleção e capacitar nossos profissionais. Somente quem não está diretamente ligado à educação, quem faz pouco caso da qualidade em detrimento à quantidade ou ao capital 
investido não percebe a importância disso para nossos educadores e multiplicadores. Não estamos falando de uma disciplina já consolidada em nosso currículo escolar, como Matemática ou Língua Portuguesa. Estamos falando de uma disciplina que sequer temos professores formados para lecioná-la. Precisamos, sim, desse feedback para trabalharmos de forma consciente, eficaz e responsável a musicalidade de nossas crianças. Afinal, ninguém melhor que o próprio autor para falar sobre sua obra”, explicaram as técnicas da Semed em suas participações na capacitação.