Desde o início desta semana, a escola rural
considerada modelo até mesmo para escolas urbanas, a Ulisses Matosinho,
localizada na 3ª Linha da Gleba G, inovou mais uma vez. Agora, a merenda
escolar está sendo servida no sistema self-service, termo emprestado do inglês
que significa serviço próprio ou autosserviço, ou seja, a escola adquiriu um
mini buffet térmico, daqueles usados em restaurantes, e os próprios alunos se
servem.
A novidade, segundo o diretor Elecimar Batista, está sendo uma experiência para alunos e escola. Se por um lado há a vantagem de o aluno ter a comida sempre quentinha e na quantidade certa, por outro, há a possibilidade do desperdício, problema até mesmo em restaurantes, e a preocupação de que o aluno se sirva apenas daquilo que é mais acostumado comer em casa, deixando de lado as verduras e legumes.
O balcão térmico foi adquirido com recursos próprios
da Escola e custou pouco mais de R$ 2 mil.
Respaldo
técnico
Para a nutricionista Rosemarie Waldraff da Silva,
técnica responsável pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) na
Rede Municipal de Ensino, a iniciativa da escola Ulisses Matosinho vai ao encontro
de prerrogativas do próprio Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar (FNDE),
autarquia vinculada ao Ministério da Educação, que tem incentivado a utilização
do balcão térmico nas escolas.
“A ideia é aproveitar o momento da alimentação para
trabalhar a coordenação motora dos alunos e ao mesmo orientar para o
desenvolvimento da autonomia e consciência alimentar dos educandos”, explicou
Rosemarie, que tem conversado com diretores de outras escolas para acompanhar a
experiência na Ulisses e analisar a possibilidade de implantar o sistema em
suas unidades de ensino.
Conscientização
A nutricionista esteve na Ulisses Matosinho na
semana passada e participou junto com a equipe da escola da preparação dos
alunos para a novidade.
“Fizemos palestras e conversamos muito com os
alunos, alertando para a questão de evitar o desperdício, servindo apenas a
quantidade que vai comer, e para a importância dos vegetais na alimentação
diária. Os alunos estão adorando o self-service e por enquanto está tudo dando
certo. Na verdade tem-se desperdiçado menos alimento e ainda tem sobrado mais
tempo para as merendeiras adiantarem o serviço na cozinha”, relatou o diretor
da Matosinho.
“Agora a gente coloca só o tanto que a gente vai
comer e não sobra. Acho que está sendo legal. Os professores e a direção
orientou a gente e todo mundo tem servido só o que vai comer mesmo, não tem
sobra mais”, comentou a aluna Eridiane, do 6º ano.