quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Semed promove II Seminário de Educação do Campo



A participação de representantes de diversos segmentos ligados ao campo e a repercussão que já ultrapassou os limites da cidade reafirmam o Seminário de Educação do Campo como um dos mais importantes eventos do calendário educacional da região Central de Rondônia. A segunda edição do Seminário realizado pela Prefeitura de Ji-Paraná, por meio da Secretaria Municipal de Educação – Semed, teve início hoje pela manhã, na Escola Família Agrícola – EFA/Ji-Paraná. Mais de 300 pessoas estão inscritas no evento, que tem dois dias inteiros de intensa programação.
Com o tema “A educação que queremos para o campo, o campo que queremos para a educação”, o II Seminário de Educação do Campo tem por objetivo, de acordo com a coordenadora de Educação do Campo da Semed, Jordeci Rodrigues, assegurar políticas públicas e pedagógicas de ingresso e permanência dos alunos nas escolas do campo, com currículo e metodologia que valorizem os saberes e atenda às necessidades das pessoas que vivem no e do campo.
O Seminário foi aberto com uma retrospectiva de trabalho da edição anterior. Sob coordenação do professor doutor da Universidade de Lavras/MG, José de Arimatéia Dias Valadão, este primeiro momento serviu para que os membros da Comissão de Articulação da Educação do Campo pudessem expor ao público os resultados, os frutos do primeiro encontro implementados já a partir deste ano, destacando-se entre eles, a flexibilização do calendário escolar das unidades de ensino da área rural, respeitando as particularidades de cada região, e a formação de uma comissão para fiscalizar e avaliar o transporte escolar da Rede de Ensino Municipal na área rural.
Ainda pela parte da manhã estava programada uma importante palestra com o presidente da Fetagro, Fábio Assis de Menezes, sobre “A Importância e a Concepção da Educação do/no e para o Campo”.
Após o almoço, oferecido pela organização no próprio local do Seminário, seria a vez da professora doutora Marilza Miranda de Souza, Da Universidade Federal de Rondônia – Unir, campus de Rolim de Moura, falar sobre “Concepção, Organização, Metodologia e Estratégias sobre as Tendências Curriculares que Atendam as Necessidades Campesinas de Ji-Paraná”.

Segundo dia
Na sexta-feira pela manhã, os trabalhos no Seminário serão abertos com uma discussão com o tema “Marcos normativos e diretrizes para a Educação do Campo”, com a coordenação da professora doutora Josélia Gomes Neves, da Unir, campus de Ji-Paraná, que na sequência palestra sobre “Políticas Públicas de Apoio à Permanência do Homem no Campo”.
Na parte da tarde estão marcadas reflexões e encaminhamentos de propostas de implementação de programas, metodologias e estratégias que atendam a Educação do Campo. A partir das 16 horas haverá um momento para avaliação do evento pelos participantes e logo em seguida recomposição e apresentação da Comissão de Articulação da Educação do Campo.

Importância da reflexão

“Plantamos as primeiras sementes deste importante encontro no ano passado e já começamos a colher pequenos frutos. Penso que a boa safra mesmo virá daqui dois anos, quando os alunos das escolas do campo, cujos diretores, professores, pais... estão participando dos Seminários, começarem a retornar os conhecimentos resultantes deste trabalho ao seu meio, à sua família, à sua comunidade. Desejo que este encontro seja tão ou mais proveitoso que o encontro anterior e que ao final todos conseguiam refletir sobre o papel da educação na comunidade em que está inserido e principalmente consiga fazer uma reflexão sobre si mesmo, pessoal. Sabemos que reivindicações de melhorias são importantes, mas estas reivindicações devem ser construídas em cima de reflexões do que já foi e do que está sendo feito e também do papel do educador dentro deste contexto todo que é a educação do campo. Espero que os gestores saiam daqui vendo além dos números. Que levem em consideração que se hoje o número de alunos nas escolas do campo é pequeno talvez seja porque não temos políticas públicas voltadas para essa realidade e que os alunos que estão lá, na sala de aula, não podem pagar por isso, pelo contrário, eles merecem, eles têm o direito de estar ali e de receberem tratamento igual ao de qualquer aluno da Rede Pública de Ensino”, salientou a secretária de Educação, professora mestra Leiva Custódio Pereira em seu pronunciamento de abertura do Seminário.