Pais e mães de
crianças atendidas no Centro Municipal
de Atendimento Educacional Especializado para Autismo de Ji-Paraná – CMAEE
Autismo resolveram prestar homenagem à Administração Municipal, à
Secretaria Municipal de Educação e à equipe do Centro em agradecimento aos
cuidados dispensados aos filhos deles entregando à secretária Leiva Custódio,
no último dia 20, um buquê de rosas e uma carta na qual se colocam à disposição
para “ajudar no que for preciso”. O trabalho desenvolvido pela educadora Márcia Pereira Souza, diretora do Centro, com
crianças autistas começou em 2008, com duas crianças apenas, mas foi somente na
atual administração que foi instituído o Centro de Autismo, fechando o ano de
2013 estabelecido em um local maior e com melhores condições, ampliando o
atendimento para 18 crianças.
“Quando eu vi aquilo ali, no Centro, eu disse: é isso que eu vi na
internet, isso é o melhor para minha filha. É o tipo de tratamento que eu
pagava R$ 1.100,00 em Porto Velho para ter e aqui é oferecido pela Prefeitura.
Isso não é fruto de uma administração qualquer, mais de uma administração
comprometida. Isso é uma análise minha, como pedagoga, mãe e cidadã”, lembrou
Nágila Bandeira, mãe da Ester, de 3 anos, aluna do CMAEE Autismo desde o início
do ano.
Continuidade
e ampliação
Ainda na carta, os pais solicitam continuidade no trabalho que tem sido
realizado no Centro de Autismo, se possível, com ampliação do atendimento para
o próximo ano, o que implica um espaço maior, aumento no atendimento
especializado (psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas) e a capacitação
dos profissionais nos novos métodos implantados este ano.
Os pais sugerem também projetos de medidas preventivas educacionais que
podem ser implantados no Município com apoio deles, da APP do Centro e da
iniciativa pública em todas as suas esferas, como por exemplo, a elaboração de
um currículo sensorial no desenvolvimento infantil de 6 meses a 3 anos com
intervenção precoce nas creches municipais; o mapeamento preventivo de crianças
com Transtornos Global do Desenvolvimento (TGDs), nos quais está incluído o
autismo, na saúde familiar; e a criação de um programa de capacitação para
profissionais, familiares e avaliações das crianças com base nas práticas
vivenciadas no Centro de Autismo de Ji-Paraná.
“Quando nossas crianças mais que especiais, pois especiais são todas as
crianças, chegam para gente, elas não vêm com manual. Precisamos aprender, a
duras penas, a lidar com elas. Nossas propostas de uma intervenção precoce e de
um programa de capacitação para profissionais e familiares auxiliariam
justamente aí, possibilitando uma troca entre os pais e profissionais para dar
um suporte às famílias o quanto antes”, concluiu Nágila.
Esforço
global
“Tudo o que fizemos até agora e que viermos a fazer ainda com relação ao
autismo, tudo, eu também, como vocês, sou grata ao prefeito (Jesualdo Pires) e
à visão dele. Lembro que nas primeiras vezes que falamos sobre o assunto já era
do conhecimento dele as dificuldades que enfrentaríamos. Ele sabia que tudo
relacionado ao autismo é muito caro, exige muita gente e muito comprometimento.
Ele sabia também que quanto mais a gente melhorasse o atendimento, mais gente
iria nos procurar. Mesmo assim ele quis fazer, sempre foi prioridade para ele.
Só temos a agradecer a vocês pais pela parceria e claro, lembrar que o autismo
é um problema que todos temos que lidar, todas as esferas da administração
pública. A gente sempre fala em crianças autistas, mas não podemos esquecer que
essas crianças vão crescer, vão se tornar adolescentes, jovens e adultos
autistas e que precisam continuar a serem atendidas. Estamos abertos para
trabalhar com outros órgãos da administração pública, outras secretarias e outras
esferas administrativas para dar continuidade ao trabalho que está sendo
desenvolvido”, concluiu a secretária Leiva às mães e ao pai que a visitaram na
Secretaria.